sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Kodak vai deixar de fabricar máquinas fotográficas


A Kodak vai deixar de fabricar máquinas fotográficas e câmaras de filmar de bolso. Ao longo da primeira metade do ano as linhas de produção serão desativadas. O licenciamento de tecnologia passa a ser a aposta central nesta área.

A decisão é uma peça-chave no plano de reestruturação da companhia, que no início do ano se viu obrigada a pedir proteção de credores para evitar o encerramento.

A grande aposta da empresa norte-americana passará a ser o mercado de impressão, concentrando aí a maioria dos esforços orientados ao mercado de consumo. Venda de impressoras, serviços associados e impressão de imagens serão as apostas centrais da marca centenária, depois da reestruturação em curso. Os quiosques de impressão e revelação de fotografia também são para manter, tal como os serviços de impressão para empresas.

A marca Kodak, criada em 1880, mantém-se e a garantia de assistência e suporte para os clientes que detêm produtos descontinuados também estão garantidos.

Mesmo assim, o mercado da fotografia digital continua e continuará a ser uma fonte de receita importante para a empresa, graças ao portefólio de patentes reunido nesta área e aos milhões em licenciamento que outros fabricantes de máquinas e dispositivos móveis têm de lhe pagar.

Abandonar o fabrico de câmaras digitais vai custar à Kodak cerca de 30 milhões de dólares e gerar poupanças anuais na ordem dos 100 milhões. Também deverá custar algumas centenas de postos de trabalho, tendo em conta que nas áreas onde a empresa agora desinveste trabalham cerca de 400 pessoas.